Temer,
Serra e Padilha estão nas mãos de Janot
Depois da explosiva delação de
Marcelo Odebrecht, o procurador-geral da República não terá como não denunciar
dois dos principais ministros de Michel Temer, José Serra (caixa dois de R$ 23
milhões mais contas no exterior) e Eliseu Padilha (R$ 4 milhões em dinheiro
vivo), bem como o próprio interino, que pediu dinheiro à empreiteira em pleno
Palácio do Jaburu; se "pau que bate em Chico também bate em
Francisco", como disse Janot ao tomar posse na PGR, o governo Temer chegou
ao fim; a questão é saber se a queda ocorrerá antes ou depois do impeachment
7
de Agosto de 2016
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"Pau que bate em Chico também bate em Francisco". Essa foi a frase
mais marcante de Rodrigo Janot, ao tomar posse na procuradoria-geral da
República.
Portanto, se Janot for mesmo fiel às
suas próprias palavras, em breve ele denunciará dois dos principais ministros
de Michel Temer – o chanceler José Serra e o chefe da Casa Civil Eliseu Padilha
– bem como o próprio interino.
O motivo: todos foram abatidos pela
explosiva delação de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior empreiteira do
País.
Sobre Serra, Marcelo disse que doou R$
23 milhões à sua contabilidade clandestina, inclusive realizando depósitos no
exterior (leia mais aqui). O empreiteiro também prometeu entregar provas de
corrupção no Rodoanel, citando os operadores de Serra.
Em relação a Padilha, Marcelo disse
ter lhe dado R$ 4 milhões em dinheiro vivo, após um encontro no Palácio do
Jaburu em que o próprio Temer pediu ajuda à empreiteira – o que resultou num
caixa dois, em dinheiro vivo, de R$ 10 milhões (leia mais aqui).
Se Janot denunciou o ex-presidente
Lula apenas porque o ex-senador Delcídio Amaral o acusou de lhe pedir para
calar Nestor Cerveró, o que fará com Serra, Padilha e Temer?
E se a denúncia contra Lula foi aceita
pelo Judiciário, será difícil imaginar que o Supremo Tribunal Federal fechará
os olhos para um caixa dois de R$ 33 milhões – R$ 23 milhões de Serra e R$ 10
milhões do PMDB.
Portanto, o governo Temer chegou ao
fim. A única dúvida é saber se a queda ocorrerá antes ou depois da votação
definitiva do impeachment no Senado.
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