Os advogados de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
ingressaram com uma petição junto a 13ª Vara Federal de Curitiba pedindo
explicações da força-tarefa da Operação Lava Jato sobre declarações feitas por
autoridades norte-americanas sobre um suposto acordo com investigadores
brasileiros nas investigações sobre corrupção.
A defesa de Lula entregou a tradução do discurso de Kenneth Blanco,
ex-vice-procurador geral adjunto do Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados
Unidos, durante sua participação no evento Lições do Brasil: Combatendo a
Corrupção em Meio à Turbulência Política, promovido pela Atlantic Council em
julho de 2017 na 7ª Cúpula Brasil Anticorrupção, do American Conference
Institute, de maio de 2017. Na ocaisão o então subsecretário geral de Justiça
adjunto interino Trevor Mc Fadden também teria feito declarações semelhantes
acerca da existência do acordo informal com os investigadores brasileiros.
Segundo os advogados do ex-presidente, Blanco e Mc Fadden teriam tratado
da cooperação informal como sendo “baseada na confiança” junto a procuradores
brasileiros para a obtenção direta de provas. “No centro da enorme cooperação
entre nossos dois países está uma forte relação construída com base na
“confiança”. Tal confiança, como alguns dizem aqui “confiança”, permite que
promotores e agentes tenham comunicação direta quanto às provas”, afirmou
Blanco na ocasião.
“É importante mencionar como
tais punições foram impostas nessas resoluções coordenadas. Trabalhando
juntamente com o Brasil e o Departamento, não apenas auxiliou um ao outro na
coleta de provas e na construção do caso, mas fez questão de creditar as multas
e punições pagas a cada país, ao invés de impor multas duplicadas e punições às
empresas”, completou.
Ainda conforme os advogados,
o PowerPoint utilizado pelo procurador Deltan Dallagnol que apontou Lula como o
responsável pelos desvios na Petrobras é semelhante “a outro utilizado nos
Estados Unidos e que fora declarado ilegal pela Suprema Corte norte americana
(State of Washington v Edward Michael Glasmann), por violar a presunção de
inocência do acusado”, dizem os advogados.
Na petição, a defesa do
ex-presidente pede que sejam apresentados os dados sobre as possíveis reuniões
dos procuradores da força-tarefa da operação Lava-Jato com autoridades
norte-americanas e que sejam explicados o auxílio prestado aos investigadores
brasileiros.
Fonte:
CLICK POLÍTICA com informações de brasil247
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