2 de setembro de 2018
Desde
que um trompetista quebrou pela primeira vez um link ao vivo do Jornal da
Globo, a partir de Brasília, gente do Brasil inteiro comentava nas redes
sociais sobre quem teria sido aquela pessoa.
A ideia da propagação da melodia do trompete não
encontra proibição legal e fez com que o antigo jingle de campanha, “Olê, olê,
olá”, chegasse a milhões de telespectadores daquela emissora, por todo o país.
O trompetista não
demorou a ser apresentado pelo blogueiro Rodrigo Pilha. Fabiano Leitão é o nome
dele, e de lá pra cá ele já invadiu pelo menos oito transmissões da Globo em
rede nacional e uma da Record.
No 1º de maio,
decidiu que iria a Curitiba participar de ato nacional que aconteceria naquela
cidade, onde Lula está preso na sede da Polícia Federal desde 7 de abril.
Não parou mais.
Fabiano participou do
Dia Internacional do Trabalhador na Praça Santos Andrade, e chegou a tocar na
Vigília Lula Livre.
Executou dois lulaços
bastante ousados: um na frente da Justiça Federal, na janela dos juízes Sergio
Moro e Carolina Lebbos, e outro, na frente da Procuradoria, na janela de
Dallagnol e seus colegas da força tarefa da Lava Jato.
Sem se dar conta,
Fabiano estava inaugurando uma forma de protesto que se tornou o ponto alto da
campanha pela liberdade e pala candidatura de Lula à Presidência: o lulaço.
Em Belo Horizonte,
junto com o Coletivo Alvorada, Fabiano esteve à frente do primeiro lulaço com
expressiva participação popular, uma espécie de flash mob convocado pelas redes.
O Mercado Central de
BH reuniu um mar de gente no dia 22 de julho, ao som do trompete, que juntou um
coral de muitas vozes pedindo Lula livre.
Saindo de BH, entrou num ônibus e empreendeu
longa viagem até Curitiba, onde, mal desembarcou, já participou de ato
semelhante, dessa vez no Mercado Municipal, reduto conservador que, segundo
ele, “não parece um mercado e sim um shopping center, sendo impossível não
notar a infinidade de carros importados estacionados na frente”.
Foi ao shopping
Estação, em pleno dia de semana e, o mais original, no lançamento de um livro
do Japonês da Federal dentro do shopping Barigui, onde apanhou de surpresa o
autor e seus convidados.
A partir daí,
diversas cidades começaram a convidar Fabiano para realizar lulaços.
No meio da sua
correria militante, que não tem fim, Fabiano encontrou tempo para atender o
pedido de gravar num estúdio, em Brasília. Respondeu animadamente, quando
enviou o material: “Gravei 5 minutos e vinte sem parar!”
Reunidas
virtualmente, lideranças petistas de todas as regiões do país organizaram o
Primeiro Lulaço Nacional na data de 18 de agosto, ao meio dia.
Quem não tinha Fabiano Leitão ao vivo, trazia outros trompetistas e músicos ou
colocava o play back.
Desde o Terceiro
Lulaço, que se deu no sábado, dia 1º, é fixado um horário simultâneo, mas sem rigidez
de horário.
O Coletivo de
Lideranças Nacionais criou uma página no Facebook para divulgação dos lulaços e se reunirá
presencialmente, em breve, para traçar estratégias.
Na pauta, dentre
outras relevantes questões táticas, será discutido o tema da estrutura
financeira e logística para a continuidade dos atos.
Fabiano Leitão tem
viajado sem descanso. Já chegou a participar de lulaços em 4 cidades distantes
em dois dias seguidos.
As viagens têm sido
financiadas pela militância. Depois do 1º de maio em Curitiba, eu passei o
chapéu nas redes sociais, alertando para a importância do trabalho realizado.
Os dados da conta
dele estão aqui.
Fonte:
DCM, Por Tânia Mandarino
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