HECATOMBE: PF PRENDE ADVOGADO E DESCOBRE PODRIDÃO GIGANTESCA
6 de junho de 2017
O
escândalo, que por ora apresenta apenas a ponta do iceberg, mostra a influência
do advogado Willer Tomaz no Judiciário e no Ministério Público, além do
Executivo e Legislativo. Os áudios captados pela Polícia Federal estão sendo
periciados e separados os negócios lícitos dos ilícitos. Também estão sendo
analisadas imagens do circuito interno do escritório e o livro que relaciona o
nome dos clientes com data e tempo de atendimento.
A Operação Patmos não imaginava a podridão que
descobriria
A prisão, na Operação Patmos, do advogado Willer
Tomaz , está incendiando o Palácio do Buriti e outros poderes da capital da
República. Não bastassem as fortes ligações de Willer com o Grupo JBS de Wesley Batista, um odor fétido começa a se espalhar pela cidade.
A fonte de onde exala a podridão é a mansão no Lago Sul – bairro nobre
de Brasília -,onde funciona (ainda) o escritório de advocacia Willer Tomaz
Advogado e Associados.
Lá, não necessariamente em finais de tarde regadas a uísque, notáveis de
Brasília, com muita afinidade com o governador Rodrigo Rollemberg, chegaram a
vender dificuldades para colher facilidades, por exemplo, na Terracap.
O que a Polícia Federal não sabia, ao deflagrar a operação da fatídica
quarta-feira, 18, é que a busca e apreensão nos escritórios de Willer levariam
a um emaranhado que só agora se revela. Naquele bunker, foi aberta uma fossa de
dimensões inimagináveis. E o mau cheiro está se espalhando pelos quatro cantos
da capital. Ao menos dois nomes pesos-pesados circulavam pelas salas da mansão
do Lago Sul. Carlos Augusto Sobral Rollemberg, irmão do governador, e Leonardo
Roscoe Bessa, fiel escudeiro do irmão famoso e procurador-geral de
Justiça do Distrito Federal.
Podridão
gigantesca
A sujeira saiu do Lago e atingiu os Três Poderes do Distrito Federal.
Está impregnada no Executivo, Legislativo e Judiciário. Só a título de
ilustração, já se sabe que Leonardo Bessa conservava estreitas relações com
Willer. E muito do que se apura saiu da boca do procurador da República Ângelo Goulart
Villela, preso na mesma Operação Patmos, acusado de receber propina.
A história, porém, não para por aí. O que
pode estar também tirando noite de sono de Leonardo Bessa é o fato de
Carlos Augusto
Rollemberg ter intermediado negócios de um empresário local junto à Teracap e outros assuntos de interesse direto do Governo do Distrito Federal.
Rollemberg ter intermediado negócios de um empresário local junto à Teracap e outros assuntos de interesse direto do Governo do Distrito Federal.
A bomba vai espalhar estilhaços. Afinal – é o que a
Polícia Federal quer saber – o que faziam no escritório de Willer,
personalidades de peso como o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski,
governadores, deputados, senadores e empresários, todos monitorados com
autorização judicial.
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